terça-feira, 6 de maio de 2008

As alianças honestas



Quando a gente trabalha com muitas pessoas, aprende a fazer a política da boa vizinhança. Afinal de contas ninguém é igual e ninguém tem nada a ver com os seus problemas.

Quando vai pra casa fica quietinho no seu canto e pronto, amanhã é outro dia...

Mas de repente você acorda em outro país onde você não conhece ninguém, começa a conhecer pessoas que também estão passando por essa mesma situação. Você acorda, trabalha, almoça, janta e mora com essas mesmas pessoas.

Todos estão no mesmo barco que você e aquela tal política de boa vizinhança vira questão de sobrevivência porque você não pode simplesmente se fechar dentro do quarto e não falar com ninguém. Você simplesmente tem de conviver e fazer de conta que tudo está bem...

De repente acontece uma coisa diferente, quando você menos espera e de onde você nem imagina surge uma aliança honesta. Sim aquelas alianças desinteressadas, sem segundas intenções ou por obrigação.

Você conhece alguém com quem você tem prazer em conversar, com quem o tempo passa mais rápido e que você sabe que está do seu lado apenas pelo puro prazer da sua companhia, alguém com quem você pode rir ou chorar...

Alguém para falar besteiras ou divagar sobre os males do corpo e da alma...

Foi assim, meio que sem querer, surgido do nada que eu encontrei a minha aliança honesta em Luanda...

O que vai ser das minhas manhãs mal humoradas sem você?

Um comentário:

Migas disse...

Falamos do Z.? Sabes, quando combinei um almoço de despedida com ele, pensei que ia chorar baba e ranho, as always! But, não é que não chorei? Acho que esta história de vivermos fora, nos tras uma perspectiva do mundo bem diferente. Torna-o mais pequeno. Então, se antes este era aquele tipo de episódio que eu pensava ser um adeus definitivo (como somos de países achava difícil estes encontros), hoje penso que será um até já. Tenho quase a certeza! :o) Aliás, ia comentar isso lá no MCG, também. :o)

Beijos!