sexta-feira, 9 de abril de 2010

Super bock


Uma mensagem chega na minha caixa de e-mails e quase vai parar na lixeira. Trata-se um mecanismo de busca do google, (para quem não sabe é possível programar o google para te avisar sempre que uma determinada palavra for postada em qualquer parde da grande rede).

A mensagem quase vai parar no lixo, mas no último estante meus olhos encontram a palavra “awards” no emaranhado de letras e abro a mensagem para me certificar.

Pronto lá estava a confirmação.

É isso mesmo, o menina de angola ganhou o super bock awards na categoria Angola.
Confesso que fiquei muito orgulhosa e agradecida por todos que votaram em mim. Por ser um prêmio português sinceramente não imaginei que poderia ganhar, afinal de contas nem tinha para quem pedir votos.

Sou brasileira e antes que alguém diga que estava ilegal no concurso, vou logo avisando que tenho nacionalidade portuguesa, com passaporte e BI. Portanto, legítima concorrente. Mas enfim, como meus amigos não consiguiram votar por não serem cidadãos portugueses, realmente não imaginei que chegaria a final.

Aqui vai meu muito obrigada aos blogueiros que votaram em mim, ao juri e como não poderia deixar de ser a Maria que me convidou a participar do concurso.

Para quem quiser conhecer os outros finalistas é só visitar o site da super bock

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Um fantasma para qualquer expatriado!



Quando uma pessoa qualquer decide enfrentar um desafio profissional longe de casa logo ela é tomada por uma certa euforia, depois vem o medo e por último a curiosidade.

Primeiro a gente imagina todas as milhões de oportunidades, nova cultura, desafio profissional, aprendizado, lugares novos e claro crescimento em todos os sentido.
Depois bate aquele medo clássico, e se eu não me adaptar, e se não gostarem de mim e se, e se, e se…

Quando a gente chega ao destino final, tudo é novidade, umas coisas são boas outras não e quando a gente vê, pronto já está completamente adaptado ou de malas prontas pra voltar pra casa.

Mas tem um medo que é comum a todo mundo e que aflora com muito mais força quando se está longe de casa. E se alguma coisa acontecer com a minha família e eu não estiver por perto?

A sensação de impotência é imensa, dúvidas, tristeza e até mesmo um pouco de sentimento de culpa.

Nos últimos meses infelizmente eu tenho passado por isso, minha mãe tem enfrentado sérios problemas de saúde que me levaram de volta pra casa e a deixar o blog assim meio que abandonado.

Não foram dias nada fáceis. Mas agora ela está melhor, continua no hospital, mas está se recuperando.

Depois que os médicos garantiram que ela estava fora de perigo e que iria para o quarto (já está há mais de 1 mês na UTI), eu resolvi voltar para Angola.

Acompanhar de longe a recuperação não é nada fácil. E semana a semana a alta para o quarto não chega. Cada semana uma novidade no quadro dela adia a alta da UTI e eu aqui de longe sem poder fazer nada. Se bem que verdade seja dita, quando estava perto também não podia fazer nada.

Para o expatriado nem tudo são flores, ao contrário do que pensam muitos angolanos, e conviver com a doença a distância é um preço bem alto a se pagar…