As impressões de uma brasileira sobrevivendo em Luanda...
sábado, 12 de abril de 2008
O Imbundeiro
Essa árvore linda é o símbolo da África, as que sobreviveram a guerra e a ocupação desordenada da cidade hoje são protegidas por lei, nenhum imbundeiro pode ser derrubado.
Essa árvore lida fica na rua de cima do condomínio onde estou morando.
Árvore de grande porte oriunda da floresta angolana do Mayombe. Esse colosso vegetal pode atingir trinta metros de altura e possui a capacidade de armazenar, em seu caule gigante, até 120.000 litros de água. Por tal razão, é denominada, também, de "árvore garrafa". O imbondeiro é considerado como sagrado, inspirando poesias, ritos e lendas. Segundo uma antiga lenda africana, por exemplo, uma vez que um morto seja sepultado dentro de um baobá, a sua alma irá viver enquanto a planta existir. Curiosamente, essa árvore tem uma vida muito longa - entre um e seis mil anos. Só a sequóia e o cedro japonês podem competir com a longevidade do baobá. Cabe salientar que essa planta foi amplamente divulgada no século XX, através da obra O Pequeno Príncipe, do escritor francês Antoine de Saint-Éxupery. Seu nome científico é Adansonia digitata, mas é também conhecida como Baobá Africano. O imbondeiro possui um tronco muito espesso na base, chegando a atingir até nove metros de diâmetro. O seu tronco vai-se estreitando em forma de cone e apresenta grandes protuberâncias. As folhas brotam entre os meses de julho e janeiro mas, se a árvore conseguir ficar umedecida, elas podem se manter durante todo o ano. Em geral, o baobá floresce durante uma única noite, apenas, no período de maio a agosto. Durante as poucas horas da abertura das flores, os consumidores de néctares noturnos - particularmente os morcegos -, procuram assegurar a polinização da planta. Tudo no imbondeiro serve para a sobrevivência do ser humano. Vale ressaltar que essa árvore também se constitui em uma fonte preciosa de medicamentos. Suas folhas são ricas em cálcio, ferro, proteínas e lipídios, para além de serem usadas como um poderoso anti-diarréico e para combater febres e inflamações. Um pó feito de folhas secas vem sendo utilizado para combater a anemia, o raquitismo, a disenteria, o reumatismo, a asma, e é usado, ainda, como um tônico. Seu fruto é denominado múcua. A casca desse fruto, em forma de conchas, é utilizada pelas pessoas como tigelas. A polpa e a fibra de seus frutos são capazes de combater a diarréia, a disenteria, o sarampo e a catapora. O cerne da fruta combate a febre e inflamações no tubo digestivo; e suas sementes estão repletas de óleo vegetal, podendo ser assadas e consumidas. As raízes das mudas jovens do baobá, quando são devidamente cozinhadas, podem servir como alimento da mesma maneira que os aspargos. Derrubar um imbondeiro é um sacrilégio em Angola. No que diz respeito à construção e carpintaria, ele só é utilizado quando não há um outro material mais adequado. Sua madeira serve para a construção de instrumentos musicais e o seu cerne rende uma fibra forte usada na fabricação de cordas e linhas."
Um comentário:
"IMBONDEIRO (BAOBÁ)
Árvore de grande porte oriunda da floresta angolana do Mayombe. Esse colosso vegetal pode atingir trinta metros de altura e possui a capacidade de armazenar, em seu caule gigante, até 120.000 litros de água. Por tal razão, é denominada, também, de "árvore garrafa". O imbondeiro é considerado como sagrado, inspirando poesias, ritos e lendas. Segundo uma antiga lenda africana, por exemplo, uma vez que um morto seja sepultado dentro de um baobá, a sua alma irá viver enquanto a planta existir. Curiosamente, essa árvore tem uma vida muito longa - entre um e seis mil anos. Só a sequóia e o cedro japonês podem competir com a longevidade do baobá. Cabe salientar que essa planta foi amplamente divulgada no século XX, através da obra O Pequeno Príncipe, do escritor francês Antoine de Saint-Éxupery.
Seu nome científico é Adansonia digitata, mas é também conhecida como Baobá Africano. O imbondeiro possui um tronco muito espesso na base, chegando a atingir até nove metros de diâmetro. O seu tronco vai-se estreitando em forma de cone e apresenta grandes protuberâncias. As folhas brotam entre os meses de julho e janeiro mas, se a árvore conseguir ficar umedecida, elas podem se manter durante todo o ano. Em geral, o baobá floresce durante uma única noite, apenas, no período de maio a agosto. Durante as poucas horas da abertura das flores, os consumidores de néctares noturnos - particularmente os morcegos -, procuram assegurar a polinização da planta.
Tudo no imbondeiro serve para a sobrevivência do ser humano. Vale ressaltar que essa árvore também se constitui em uma fonte preciosa de medicamentos. Suas folhas são ricas em cálcio, ferro, proteínas e lipídios, para além de serem usadas como um poderoso anti-diarréico e para combater febres e inflamações. Um pó feito de folhas secas vem sendo utilizado para combater a anemia, o raquitismo, a disenteria, o reumatismo, a asma, e é usado, ainda, como um tônico.
Seu fruto é denominado múcua. A casca desse fruto, em forma de conchas, é utilizada pelas pessoas como tigelas. A polpa e a fibra de seus frutos são capazes de combater a diarréia, a disenteria, o sarampo e a catapora. O cerne da fruta combate a febre e inflamações no tubo digestivo; e suas sementes estão repletas de óleo vegetal, podendo ser assadas e consumidas. As raízes das mudas jovens do baobá, quando são devidamente cozinhadas, podem servir como alimento da mesma maneira que os aspargos.
Derrubar um imbondeiro é um sacrilégio em Angola. No que diz respeito à construção e carpintaria, ele só é utilizado quando não há um outro material mais adequado. Sua madeira serve para a construção de instrumentos musicais e o seu cerne rende uma fibra forte usada na fabricação de cordas e linhas."
in site de Angop
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